quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pinturas Rupestres



Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.
Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de
cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal. Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.
Prospecções arqueológicas realizadas na
Europa, Ásia e África, entre outras, revelam em que meio surgiram entre os primitivos homens caçadores os primeiros artistas, que pintavam, esculpiam e gravavam, demonstrando que o desejo de expressão através das artes é inerente ao ser humano. A cor na pintura já era conhecida pelo Homem de Nandertal. As "Venus Esteatopígicas", esculturas em pedra ou marfim de figuras femininas estilizadas, com formas muito acentuadas, são manifestações artísticas das mais primitivas do "Homo Sapiens" (Paleolítico Superior, início 40000a.C) e que demonstram sua capacidade de simbolizar. A estas esculturas é atribuído um sentido mágico, propiciatório da fertilidade feminina.
Não é menos notável o desenvolvimento da pintura na mesma época. Encontradas nos tetos e paredes das escuras grutas, descobertas por acaso, situadas em fundos de cavernas. São pinturas vibrantes realizadas em policromia que causam grande impressão, com a firme determinação de imitar a natureza com o máximo de realismo, a partir de observações feitas durante a caçada. Na
Caverna de Altamira (a chamada Capela Sistina da Pré-História), na Espanha, a pintura rupestre do bisonte impressiona pelo tamanho e pelo volume conseguido com a técnica claro-escuro. Em outros locais e em outras grutas, pinturas que impressionam pelo realismo. Em algumas, pontos vitais do animal marcados por flechas. Para alguns, "a magia propiciatória" destinada a garantir o êxito do caçador. Para outros estudiosos, era a vontade de produzir arte.
Qualquer que seja a justificativa, a arte preservada por milênios permitiu que as grutas pré-históricas se transformassem nos primeiros museus da humanidade.



quarta-feira, 2 de abril de 2008

Pérolas

Fascinantes e Belas





Também conhecida como marguerita, antigamente as pérolas eram raríssimas, e eram privilégio exclusivo de reis e rainhas, conheça a história da pérola, saiba como ela é feita nesse guia completo sobre Pérolas.
As pérolas possuem uma história de fascinação e riqueza. Antigamente, muito mais do que hoje, as pérolas eram consideradas tesouros com valor inestimável. Isto porque a produção de pérolas cultivadas começou apenas no início deste século, o que tornou a pérola muito mais acessível. Antes da criação das pérolas cultivadas, as pérolas naturais eram tão raras e tão caras que ficava reservada apenas para membros da nobreza e pessoas muito ricas. Existem registros de que no apogeu do império Romano, quando a febre de pérolas estava no auge, o general romano Vitellius financiou um exército militar vendendo apenas um dos brincos de pérola de sua mãe.
Ninguém sabe quem iniciou a coleta e uso das pérolas. Acredita-se que tribos antigas, que viviam da pesca, provavelmente no sul da Índia, já utilizavam as pérolas descobertas quando as ostras eram abertas para a alimentação. De qualquer forma, a reverência pelas pérolas aumentou através do mundo. O livro sagrado da India, cheio de épicos, faz muitas referências às pérolas.Uma das lendas é de que o deus Hindu Krishna descobriu as pérolas quando ele arrancou a primeira do oceano e presenteou sua filha Pandaia no dia de seu casamento.
Os romanos e os egípcios valorizavam as pérolas mais do que qualquer outra gema. Para convencer Roma que o Egito possuía uma herança e prosperidade acima de qualquer conquista, Cleopatra apostou com Marco Antônio que ela poderia dar o jantar mais caro da história. Assim, Cleopatra apareceu com um prato vazio e um jarro de vinho ou vinagre. Ela esmagou uma grande pérola de um par de brincos, dissolveu no líquido e tomou. Atônito, Marco Antônio admitiu que ela havia ganhado.

Os Árabes têm demonstrado enorme fascínio pelas pérolas. A origem de sua afeição por pérolas está no Koran, especialmente com a descrição do Paraíso, que diz: "As pedras são pérolas e jacintos; as frutas das árvores são pérolas e esmeraldas e cada pessoa admitida nas maravilhas do reino dos céus é provido com uma tenda de pérolas, jacintos e esmerald1as, coroado com pérolas de incomparável lustro e é atendido por lindas jovens como pérolas escondidas.
Rainha das Gemas
Antes era tida como a pedra mais cara, a pérola não é uma pedra, é um material orgânico, já que é produzida dentro de uma ostra, antigamente não se sabia ao certo como era produzida a pérola, e era tão raro encontrar uma que ela ficou conhecida como a "Rainha das Gemas" devido ao seu preço elevado e por causa da raridade em se encontrar um pérola. Foi Kokicho Makimoto que descobriu como produzir uma pérola, fazendo diversos testes, e introduzindo diversos materiais na ostra, pra saber qual é a melhor forma de cultivar uma pérola e hoje Japão é um grande produtor de pérolas no mundo todo.
Todas as perolas são resultado do processo da entrada de um objeto estranho na ostra, ao entrar em contato com a parte interna da ostra faz com que ela produza uma substancia nacarada que se calcifica e dá origem a pérola. Se a ostra tiver em sua parte interna a cor rosada, a pérola será rosada, se a parte interna for acinzentada a pérola será acinentada e assim por diante. A cor branca com tons rosas ou prateados são as cores mais valiosas.
Não existe diferença entre pérola cultivada e as encontradas ao acaso por mergulhadores. Os países produtores de pérolas atualmente são: Austrália, Japão, e as Ilhas da Polinésia Francesa (de onde vem a famosa pérola negra).
Tipos de Pérolas
Akoya : Produzida na ostra akoya gai no japão, são as clássicas pérolas japonesas.
South Seas: Tipo de pérola maior e mais cara pérola que existe, ela é cultivada na Austrália, e é objeto de cobiça das mulheres, uma pérola South Seas chega a medir 8mm.
Blibster: Pérola recoberta por madrepérola, é resultado de um processo raríssimo que acontece na ostra.
Barroca: São as pérolas irregulares, quando a ostra no processo de expelir o corpo estranho, libera gases, a pérola acaba ficando irregular e oca, mas ela é preenchida depois pra dar maior resistência.
Mabe: É a pérola blibster cultivada sólida. Também tem um processo de dificil formação.
Água Doce: São cultivadas em grande escala na China, mas as melhores são produzidas no Japão, no lago de Biwa.


terça-feira, 1 de abril de 2008

Tulipas

Origem das Tulipas
Muita gente pensa que as tulipas são originárias da Holanda, tamanha a associação existente entre elas e este país. Entretanto, segundo a maioria das referências, as tulipas, na verdade, são turcas e foram levadas para a Holanda por volta de 1560, depois que o botânico Conrad von Gesner as catalogou em 1559, usando bulbos originais coletados em Constantinopla, atual Istambul. O nome da flor foi inspirado na palavra "tulipan" que significa "turbante" (o formato da tulipa lembra mesmo um turbante). Outras referências defendem que as tulipas são originárias da China, de onde foram levadas para as montanhas do Cáucaso e Pérsia.
Chinesas ou turcas, o fato é que elas se tornaram uma paixão para os holandeses e essa paixão pelas tulipas foi tanta que gerou até uma especulação financeira envolvendo os bulbos desta planta.
No livro "Salve-se Quem Puder – Uma História da Especulação Financeira", Edward Chancellor descreve esse curioso fato em detalhes. Na Holanda, os bulbos encontraram terras férteis e ideais para o seu cultivo, além de um povo que simplesmente amava flores. O entusiasmo pela tulipa gerou o desenvolvimento de muitas variedades com diferentes tamanhos e cores. Por volta de 1620, algumas variedades chegavam a um grau de raridade tão grande, que uma única flor alcançava preços elevadíssimos. E a especulação corria solta. No verão, época do plantio, já se negociavam os bulbos que iam florescer na primavera seguinte – cerca de um ano depois. O papel que representava a propriedade de um bulbo ainda por florir podia passar, em poucas semanas, de 20 florins para 255 florins, ou de 90 para 900 florins. A situação tornou-se tão crítica, que o governo holandês teve de intervir para acabar com a especulação.
Planta da família das Liliáceas, a tulipa produz folhas que podem ser oblongas, ovais ou lanceoladas (em forma de lança). Do centro da folhagem surge uma haste ereta, com uma flor solitária formada por seis pétalas. Cores e formas são bem variadas. Existem muitas variedades cultivadas e milhares de híbridos em diversas cores, tons matizados, pontas picotadas, etc.
O mérito do cultivo da tulipa no Brasil cabe ao produtor Klass Schoenmaker (mais detalhes abaixo), estabelecido no município de Holambra, em São Paulo.